sábado, 29 de janeiro de 2011

Desmatamento da Amazônia leva à descoberta e à extinção de espécies

DA FRANCE PRESSE
Na Amazônia peruana uma espécie de ave é descoberta ao ano e uma de mamífero a cada quatro, mas paradoxalmente cada nova descoberta faz parte de uma tragédia, pois ocorre devido ao desmatamento realizado por empresas de petróleo, mineradoras e madeireiras. Em muitos casos, a descoberta de uma nova espécie caminha lado a lado com o começo de sua extinção.
"As descobertas de aves, mamíferos e outras espécies na maioria ocorrem devido não a uma pesquisa científica, que custa muito dinheiro, mas pela presença de empresas petroleiras, mineradoras e de corte de árvores", disse à AFP Michael Valqui, da ONG conservacionista WWF-Peru (Fundo Mundial para a Natureza).
"Este tipo de descoberta põe em risco a espécie que se descobre, já que pode entrar em risco de extinção porque este lugar é seu único hábitat, devido ao clima ou bacia", acrescentou.
Entre as novas espécies descobertas nos últimos cinco anos estão a rã 'Ranitomeya amazonica', com coloração de fogo na cabeça e patas azuis, o papagaio-de-testa-branca e o beija-flor-de-colar-púrpura.
O Peru é o quarto país do mundo em extensão florestal, com 700 mil quilômetros quadrados de florestas tropicais amazônicas, que contribuem para reduzir o aquecimento global e abrigam grande biodiversidade.
Em outubro, mais de 1.200 novas espécies foram apresentadas em uma cúpula das Nações Unidas sobre biodiversidade. Delas, cerca de 200 foram descobertas na Amazônia peruana.
A região tem 25.000 espécies de plantas --10% do total mundial-- e é o segundo lugar do mundo com mais diversidade de aves, abrigando 1.800 espécies. Também ocupa o quinto lugar do mundo no que diz respeito à diversidade de mamíferos (515 espécies) e répteis (418 espécies).
Ernesto Ráez, diretor do Centro para a Sustentabilidade Ambiental da Universidade Cayetano Heredia, de Lima, comenta: "O número de espécies que desaparece para sempre no mundo todos os dias é muito superior ao número de espécies que descobrimos todos os dias. Há espécies, em outras palavras, que desapareceram antes que as tenhamos conhecido."
A Amazônia peruana deve fazer frente a um agressivo programa estatal de exploração petroleira e mineradora, que tem confrontado o governo e as comunidades indígenas do local.
"Uma empresa mineradora ou de hidrocarbonetos não é, em si mesma, destrutiva; a chave é se é limpa ou não", explicou Gérard Hérail, do IRD (sigla em francês de do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento de Lima).
Segundo os cientistas, a lagartixa de Lima, um animal de hábitos noturnos encontrado apenas em "huacas" (santuários arqueológicos) da capital peruana, está prestes a se extinguir, enquanto outras espécies já desapareceram, como o rato endêmico da "lomas" ou encostas (Calomys sp, um ratinho orelhudo).
"Os arqueólogos, ao limpar as 'huacas' para sua restauração, destroem o habitat da lagartixa de apenas dois a três centímetros, com cor avermelhada, que vive nos recantos e locais escuros do local", disse Valqui, do WWF-Peru.
Em 2009, o governo propôs, perante um organismo internacional sobre mudanças climáticas a preservação de 540 mil quilômetros quadrados de florestas e reverter processos de corte e queima para reduzir o desmatamento.
Atualmente, há no Peru 70 áreas naturais protegidas, que ocupam 200 mil quilômetros quadrados, 15% do território nacional.
"Faltam sinais claros para dizer até onde o país vai na defesa de sua biodiversidade", disse à AFP Iván Lanegra, defensor adjunto para o Meio Ambiente da Defensoria do Povo.
Para Nicolás Quinte, biólogo guia do parque nacional do Manu, no Amazonas, deve-se promover "as atividades que não sejam claramente extrativistas, mas também produtivas e que sejam sustentáveis com o passar do tempo. Uma delas pode ser o turismo que usa a floresta sem destruí-la." 

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/851718-desmatamento-da-amazonia-leva-a-descoberta-e-a-extincao-de-especies.shtml

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Estagiário desenha carro e é contratado

Programa de design da Volkswagen é a porta de entrada para criar automóveis em uma das maiores montadoras do mundo

Se você adora carros, estuda design, moda ou arquitetura e sonha em ver uma criação sua circulando pelas ruas, um dos caminhos para essa realização é participar do programa Talento Volkswagen, que terá inscrições para a edição de 2011 abertas neste primeiro semestre. Os participantes desse curso desenvolvido por um ano no Estúdio de Design da companhia devem desenvolver um carro atendendo ao tema proposto, que este ano é o da customização. Os autores dos melhores projetos são contratados e passam a colocar suas ideias na linha de montagem da montadora. Sonho realizado por Gustavo de Souza Motta, que participou do programa em 2003 e hoje é design da Volkswagen. Seu desafio foi projetar como poderia ser o modelo Golf em 2053. 
Foto: Divulgação Ampliar
Modelo Dolphin desenvolvido pelo estagiário Gustavo de Souza Motta para o Talentos Volkswagen
Laboratório da Nasa – Motta ficou sabendo do programa da Volkswagen quando ainda estudava o último ano de desenho industrial na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru (SP). “Eu e um grupo de amigos praticamente dormíamos na faculdade para preparar o projeto do concurso”, diz. Ele passou na primeira fase da seleção e foi conhecer a montadora, onde se impressionou com os equipamentos para o desenvolvimento de um carro. “Parecia que estava entrando na Nasa (agência espacial americana).” Foi também quando teve oportunidade de desenhar para seus “heróis”, os profissionais do setor de design da empresa, que avaliaram os projetos.
Oportunidade – Motta conta que participar do programa foi fundamental para entrar nessa profissão. “A área de design é muito restrita e fechada. São poucas as portas. Aprendi o que pude, conheci a profissão, formei toda a minha bagagem. A faculdade dá uma formação mais geral e o estágio foi minha verdadeira escola”, afirma . Conheça outras formas de iniciar uma carreira na Volkswagen, como no programa de estágio voltado para estudantes de outros cursos.
Projeto Golfinho – A inspiração para o carro conceito de Motta levou em conta, segundo ele, a graça a beleza e a inteligência do golfinho. Desenhou um carro chamado “The Dolphin”, imaginando um futuro com o meio ambiente degradado daqui a 50 anos e que os produtos teriam a função de remeter à valorização da Natureza. Outro destaque do projeto é o ampo espaço interno permintindo se sentar em qualquer lugar do carro. Com sua ideia aprovada, Motta passou um ano desenvolvendo um carro conceito com base no Porsche Roxter, para concluir o curso.
Sede da empresa, na Alemanha - Ao final do estágio, Motta foi convidado por uma gerente para trabalhar como design e depois foi atuar por um ano e meio em uma unidade da companhia na Alemanha, o Brazilian Corner, que desenvolve projetos de carros para o mercado brasileiro. Há quatro anos voltou para o Brasil e faz parte da equipe de designers da Volkswagen e poderá estar entre os profissionais que irão avaliar os projetos deste ano na empresa. Outra multinacional alemã, a Bayer, também leva estudantes para a Europa. Trata-se de um prêmio patrocinado pela Organização das Nações Unidas para incentivar projetos ambientais.
Projeto Talentos da Volkswagen
O programa foi criado em 1998 e dos 49 participantes, 19 foram contratados para a área de design da empresa. A oportunidade é direcionada aos alunos dos cursos de desenho industrial, moda e arquitetura, o programa tem o objetivo de selecionar estagiários para o Centro de Design da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo (SP).
As inscrições são abertas no primeiro semestre de cada ano. O processo seletivo acontece em três etapas: apresentação dos melhores trabalhos enviados; teste prático, em que os estudantes desenvolvem uma proposta a partir de um novo briefing apresentado no momento do teste; e apresentação final dos projetos. Nessa última fase, os universitários selecionados apresentarão desenhos, ilustrações e modelagens virtuais do projeto. A cada ano são escolhidos três universitários para participar do programa.

Fonte: http://estagio.ig.com.br/guiadocandidato/carreira/estagiario+desenha+carro+e+e+contratado/n1237927456113.html

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Reciclagem / Vidro

Tive uma luz!
Fotos: Mônica Antunes | Produção: Vera Lúcia Ayres e Marcela Kalckmann (estagiária) | Criação: Lu Areias
Aquela lâmpada já sem utilidade pode render um belo arranjo ao jardim. Basta retirar a parte de alumínio com a ajuda de uma serrinha, prender um arame e preencher com delicadas flores. Mas lembre-se da Dengue: troque a água e lave bem a peça diariamente.
Materiais
• 3 lâmpadas transparentes
• Arame encapado (cor preta)
• 1 serrinha própria para ferro/alumínio
• Furadeira
• Faquinha com ponta
• Miçangas


Modo de fazer:Com a serrinha própria para alumínio, corte a parte de alumínio da lâmpada com pouca força, fazendo movimentos para frente e para trás (até soltar toda a volta). Retire com cuidado.
Agora, com a faca de ponta, retire todo o excesso de resina até soltar a parte interna da lâmpada (filamento).
Com a furadeira ou mesmo com a faquinha com ponta, faça dois furos na parte de metal da lâmpada.
Coloque o arame, prendendo uma miçanga de cada lado para proporcionar delicadeza à peça. Faça uma voltinha na ponta do arame para que não soltar.
Atenção:É muito importante que você adote alguns cuidados com o mosquito da Dengue, principalmente em épocas de chuvas frequentes. Existem algumas medidas que ajudam no combate à proliferação do inseto na água das lâmpadas, como pingar gotas de água sanitária na mesma. Contudo, a forma mais garantida de impedir que seu vaso se torne o espaço perfeito para a reprodução dessa praga é trocar a água diariamente e lavar muito bem o interior e o exterior da peça, com um escovinha ou pano, dando atenção especial para as ranhuras da rosca do objeto. Essa medida faz com que os ovos depositados se desprendam e não mais apresentem perigo a você, sua família e sua cidade!
 
Fonte: http://portaldeartesanato.uol.com.br/artesanato/Portugues/detMaterias.php?cod=54 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Estudo mostra que invernos estão mais frios porque faz mais calor

22/12/2010 - 14h23

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DA FRANCE PRESSE


Apesar de parecer estranho, os inclementes invernos que assolam a Europa há dez anos estão relacionados, em grande parte, ao aquecimento climático, segundo estudo publicado no "Journal de Recherche Géophysique".
À primeira vista, o frio glacial que atinge a Europa parece pouco compatível com a alta média das temperaturas previstas para antes do fim do século, e que poderá alcançar um aumento de cinco ou seis graus.
Para os céticos que alegam que a mudança climática não existe porque os invernos são cada vez mais frios, vários cientistas respondem que estas ondas de frio são um esfriamento temporário, parte do aquecimento global.
Um novo estudo, no entanto, vai mais longe e mostra que a alta dos termômetros é precisamente a origem destes invernos nevados e tão frios.
A causa seria o degelo da calota glacial ártica.
O aquecimento, duas ou três vezes superior à média global, provocou sua redução de 20% nestes últimos 30 anos. Esta calota pode, inclusive, desaparecer totalmente durante os meses de verão antes do fim do século.
Isso permitiu que a força radioativa do sol fosse mais absorvida pelo mar do que refletida para o espaço pelo gelo e neve, acelerando o processo de aquecimento. O que afeta os sistemas de pressão, criando uma fonte maciça de calor durante os meses de inverno.
"Digamos que o oceano esteja a zero grau", explica à AFP Stefan Rahmstorf, especialista em clima do prestigiado Instituto Potsdam (Alemanha), que pesquisa o impacto das mudanças climáticas.
"O oceano está muito mais quente que o ar ambiente nesta zona polar no inverno. Há então um fluxo quente que sobe para a atmosfera, o que normalmente você não tem quando tudo está coberto de gelo. É uma mudança extraordinária", acrescenta.
O resultado, segundo o estudo publicado no início do mês, é um sistema de altas pressões que empurra o ar polar no sentido anti-horário, na direção da Europa.
"Estas anomalias podem triplicar a probabilidade de haver invernos extremos na Europa e no norte da Ásia", indica o físico Vladimir Petujov, que coordenou o estudo.
Outras explicações para estes invernos atípicos, como uma baixa da atividade solar ou as mudanças na corrente do golfo, "tendem a exagerar os efeitos", acrescenta Petujov.
Além disso, o especialista destaca que no inverno glacial de 2005-2006, quando as temperaturas caíram dez graus em relação às habituais na Sibéria, não foi constatada nenhuma anomalia na oscilação norte-atlântica, um fenômeno meteorológico sugerido como possível explicação desses invernos inclementes.
Os cientistas assinalam que estes invernos tão frios na Europa não refletem a tendência global constatada no planeta, já que 2010 deve ser um dos três anos mais quentes da história.
"Quando olho pela minha janela, vejo 30 centímetros de neve e o termômetro diz 14 graus negativos", conta Rahmstorf, falando por telefone em Potsdam. Ele acrescenta: "Ao mesmo tempo, na Groenlândia, estamos acima de zero em dezembro."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/849598-estudo-mostra-que-invernos-estao-mais-frios-porque-faz-mais-calor.shtml