quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Tecnologias na Educação: entre inovação e panaceia

Desde que o computador se tornou pessoal e a rede mundial, muito se fala sobre uma revolução iminente na educação – educação entendida como sistema escolar. O fato é que já estamos há duas décadas neste processo e o sistema de ensino pouco se afetou. Mas este baixo impacto da revolução tecnológica no ensino escolar não passou incólume – a cada dia, mais e mais se fala do fracasso do sistema, do descrédito da profissão de ensinar, da indisciplina dos estudantes. Os dois fenômenos – a revolução tecnológica e o fracasso do sistema escolar – estão ligados: a nova geração tem uma forma de pensar, agir, se comunicar e relacionar que não encontra ressonância no modelo escolar.
 
As crianças e os jovens encontram nas novas tecnologias os recursos necessários para o processo de aprendizagem. Não se trata de conteúdos, mas sim de estímulo à curiosidade, de diversão, de oportunidades para que se percebam autores, de diálogos múltiplos, de desafios constantes, de aventura. É assim que saem da passividade da sala de aula para o engajamento nas redes sociais.
 
O potencial das tecnologias para a inovação na educação está no reconhecimento desta inversão radical no papel do estudante, de objeto para sujeito da aprendizagem.  Quando a tecnologia entra no sistema de ensino sem isso, torna-se panaceia, remédio para a cura de todos os males, uma forma de dourar a pílula amarga da escola: o ambiente onde predomina a hostilidade entre estudantes e professores, os conteúdos descontextualizados, o ensino burocratizado, o desânimo generalizado.
 
A tecnologia na educação é panaceia quando, ao invés de apostar na revolução empreendida pela hipermídia, com sua estrutura reticular, transversal, que favorece a exploração e a curiosidade, reproduz no mundo digital a forma enciclopédica, com sua coletânea de verbetes e fascículos que se empilham e acumulam mantendo a estrutura linear das notas, séries, disciplinas e aulas.
 
A tecnologia na educação é panaceia quando, ao invés de promover a autoria do estudante no processo de aprendizagem, reproduz na forma digital a estrutura das aulas centradas no saber dos professores. Ver uma aula filmada pode ajudar o aluno a reter conteúdos, superando a relação hostil que marca a sala de aula real e dando-lhe a oportunidade de pausar e voltar, mas está longe de promover efetivo aprendizado.
 
A tecnologia na educação é panaceia quando, ao invés de envolver os jovens em desafios reais como a colaboração coletiva em larga escala para uma nova descoberta ou para a disseminação de uma nova atitude, reproduz a artificialidade da sala de aula em games onde os riscos e as decisões a serem tomadas são todos controlados e limitados.
 
A tecnologia é inovadora na educação quando potencializa o autoaprendizado e as formas colaborativas de produção de conhecimento. A tecnologia é pílula dourada quando usada como ferramenta para reter conteúdos definidos externamente, ou para reproduzir no ambiente virtual um simulacro do real, assim como se faz em sala de aula. Nesta medida, quando reduzida a vídeos de aulas ou games de determinados conteúdos, a tecnologia aplica-se perfeitamente adoçar os amargos exames baseados em testes de múltipla escolha, por exemplo, tornando menos desagradável a tarefa de estudar conteúdos que não interessam às crianças e aos jovens. Mas, a tecnologia será inovadora quando for usada para avaliação da aprendizagem significativa em outras bases, que favoreçam a criatividade, o pensamento e a atitude críticos.
 
Em resumo, a tecnologia é inovadora na educação quando promove a transformação nas dimensões de tempo, espaço e relacionamento humano no ambiente educativo. Se as tecnologias da informação são usadas dentro das quatro paredes da sala de aula, nos horários fracionados das aulas, na abordagem especializada das disciplinas, sob autoridade do professor e voltadas para avaliações lineares e episódicas, então elas não aportam inovação e sim, reforço da mesma estrutura desgastada e distante das novas gerações.
 
O potencial revolucionário da tecnologia está dado. Hoje são milhões de pessoas conectadas no mundo todo, inclusive no Brasil, e novos aplicativos estão possibilitando cada vez mais o desenvolvimento da criação colaborativa, sob demanda, online, digital, móvel e inteligente.
 
As decisões a serem tomadas na educação devem considerar este fato e suas decorrências: as desigualdades em termos de autoria e difusão de ideias entre os que programam e os que não programam; a questão da validação dos conteúdos – se é um corpo editorial ou a comunidade de usuários, o que implica a necessidade de criação de uma massa crítica para fontes difusas; o uso da tecnologia para a promoção em escala da educação de qualidade. Estas são as questões decorrentes dos aspectos realmente inovadores das tecnologias na educação.



Fonte:  http://portal.aprendiz.uol.com.br/2012/10/08/tecnologias-na-educacao-entre-inovacao-e-panaceia/

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Número de universitários brasileiros cresce quase 6%


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a fase mais aguda da expansão já ficou para trás: o foco, de acordo com ele, é aumentar a qualidade do ensino. "Nossa prioridade hoje é consolidar a expansão que foi feita no Reuni. E só vamos partir para o 3º Reuni depois de consolidar essa expansão e dar qualidade ao que nós fizemos. Há câmpus universitários que têm deficiências", disse ele, durante a divulgação do censo.

Do total de alunos de graduação, 73,7% estão em instituições particulares. As entidades federais correspondem a 15,3% do total de estudantes matriculados, as estaduais, a 9,1%, e as municipais, a 1,7%. Quando se leva em conta apenas os estudantes que ingressaram no ensino superior em 2011, o índice é diferente: 79% se matricularam em instituições privadas, 13,1% em federais e 6,2% em estaduais.
No ano passado, o número total de concluintes em todo o ensino superior ultrapassou pela primeira vez a marca de 1 milhão de pessoas. Nesse universo, os oriundos de entidades federais são 10,9%. Os alunos de universidades estaduais somam 8,6%.

Ao todo, 14,7% dos alunos de graduação estão matriculados em cursos à distância. Mercadante disse que o governo freou a aceleração desse ramo de ensino. "O Brasil pode e deve aumentar o ensino à distância. Mas nós estamos regulando esse setor com mais exigência", disse o ministro.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Seis em cada dez universitários querem abrir o próprio negócio

Concluir o ensino superior e conseguir um bom emprego já não é o principal objetivo da maior parte dos universitários brasileiros. A ambição de seis em cada dez estudantes é ter o próprio negócio. É o que revela a pesquisa Empreendedorismo em Universidades Brasileiras, realizada pela Endeavor - organização sem fins lucrativos especializada em identificar e viabilizar potenciais empreendedores. Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Endeavor realiza, até a próxima quarta-feira, a Rodada de Educação Empreendedora, evento que tem como objetivo promover melhores práticas de empreendedorismo nas salas de aula.
 
O levantamento ouviu 6.215 pessoas de todas as regiões do país e indica que os homens tendem a ser mais empreendedores do que as mulheres: 67,5% manifestaram este desejo contra 51,7% do sexo oposto. Um longo caminho, porém, separa a vontade de ter um negócio próprio da ação concreta em busca desse objetivo. Entre os potenciais empreendedores, apenas 38,1% afirmaram que dedicam algum tempo estudando como iniciar um novo projeto e somente 24,4% economizam dinheiro para esse fim.
 
Um das conclusões da pesquisa é que os brasileiros são `extremamente confiantes` em relação às suas capacidades pessoais, mas se sentem inseguros sobre os conhecimentos técnicos necessários para abrir uma empresa e tampouco se esforçam o suficiente para buscar informações. `Existe uma diferença muito significativa entre as intenções e ações empreendedoras. Sobra vontade, mas falta ação`, afirma Amisha Miller, gerente de pesquisa e políticas públicas da Endeavor. Segundo ela, o jovem precisa ter consciência de que abrir uma empresa não é algo simples ou rápido. `É preciso acreditar em si próprio, claro, mas se preparar para empreender é essencial para ter um negócio sustentável no longo prazo`, diz.
 
Os universitários que já são empreendedores representam 8,8% dos entrevistados, sendo que a maioria esmagadora possui empresas com até 10 funcionários. A pesquisa reforça o conceito de que empreendedorismo vem de casa: 62,8% dos jovens que empreendem afirmaram que os pais também têm negócios próprios.
 
Universidades – O empreendedorismo está em evidência nas instituições de ensino superior: 76,1% das universidades analisadas oferecem alguma disciplina de empreendedorismo nos cursos que oferecem - porcentagem bem maior que a média mundial, que é de 24,8%. Ainda assim, isso não se reflete na situação dos universitários entrevistados, visto que apenas 39,7% afirmaram que já cursaram uma disciplina ligada a empreendedorismo.
 
Uma das possíveis razões para essa discrepância, segundo a pesquisa, é que, embora a educação empreendedora tenha ganhado destaque nos últimos anos, grande parte das instituições oferece cursos superficiais, como Introdução ao Empreendedorismo (69,9%) e Criação de novos negócios (63,0%). Cursos mais específicos, como Finanças para Pequenos Negócios e Inovação e Tecnologia fazem parte do currículo de um porcentual bem menor de universidades: 26,1% e 39,1%, respectivamente. Para a Endeavor, além de expandir a oferta, é preciso diversificá-la. `As universidades devem, em primeiro lugar, oferecer cursos para todos os seus alunos. Depois, incentivá-los a participar de instituições estudantis, propiciar estágios em empresas recém-criadas e visitas a startups. Essas ações aumentam a vontade e confiança de empreender`, diz Amisha.
 
 
Fonte:  Lecticia Maggi - Revista Veja - 08/10/2012 - São Paulo, SP
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Pesquisa mostra como os adolescentes usam internet no Brasil


Com intuito de mapear como as crianças e adolescentes estão utilizando a internet no Brasil, o CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil) realizou uma pesquisa com jovens e pais de todas as regiões do Brasil. Os resultados da pesquisa TIC Kids Online Brasil foram divulgados na manhã desta terça-feira (2) pelo órgão.
A pesquisa mostrou que 70% dos jovens entre 9 e 16 anos têm perfis em redes sociais e 68% usam a internet para navegar em redes sociais. Entre as crianças de 9 a 10 anos, este valor abrange 44% do total. Já entre pré-adolescentes de 11 e 12 anos, o percentual de usuários de redes sociais chega a 71%.
De acordo com o levantamento, a maioria das crianças também afirma mentir a idade nas redes sociais. Um dos motivos para isso pode ser a proibição do Facebook (rede social mais popular do Brasil) para menores de 13 anos.

Pesquisa mostra que jovens estão “hiperconectados”

A pesquisa mostra que os jovens estão se conectando cada vez mais cedo. Um terço dos entrevistados afirmam ter tido o primeiro contato com a internet aos 9 ou 10 anos. A maioria (36%) acessa a internet por meio de computadores, mas o número de crianças que acessa internet via celular chega aos 21%.
Em relação à frequência de acesso, 85% afirmam entrar na web pelo menos uma vez por semana. Já 47% das crianças acessam a internet todos os dias. Entre os pais, o índice de acesso cai. Cerca de 53% dos responsáveis entrevistados afirmam não usar internet.
Tanto contato com o mundo digital faz 75% das crianças entrevistadas acreditarem que sabem mais de internet do que os pais. Esse dado mostra que os adolescentes estão muito mais conectados que os adultos, mas também pode apontar alguns perigos no uso da internet.

Pais se mostram preocupados com o que os filhos fazem na internet

O TIC Kids Online Brasil também apontou que o uso da internet por jovens deixa os responsáveis preocupados. Do total de pesquisados, 10% afirma que não têm controle algum do que os filhos fazem online. Apenas 38% dos entrevistados afirmaram ter noção de todas as ações que os filhos realizam na web.
A maior preocupação dos pais em relação ao uso aos filhos na internet é que eles sejam vítimas de um crime. Mais de 50% dos entrevistados ainda têm preocupação com o uso de drogas, contato com desconhecidos e que o desempenho na escola seja prejudicado pela exposição na internet.
Como principal medida de segurança, os pais afirmam olhar o histórico da internet dos filhos. Detalhe: 50% dos usuários de 9 a 16 anos afirmam saber apagar os sites visitados. O relatório completo da pesquisa pode ser acessado no site oficial da pesquisa.


Por Edgar Matsuki, do Portal EBC.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Educação é também um ato político

A sociedade brasileira anda carente de pessoas pensantes e cognoscentes. Pessoas com liderança para direcionar uma multidão de brasileiros alienados para uma seara de conhecimento, criticidade e também prosperidade.
 
A ciência política tem a função de esclarecer o povo de que o poder existe para favorecê-lo, fazendo prevalecer a vontade deste, uma vez que o poder é emanado do próprio povo.
 
A política é uma palavra oriunda da palavra polis (cidades, estados) e está relacionada à forma de organização, direção e administração das nações ou estados. Ela busca uma maneira de conquistar o poder e de se manter nele. O poder do homem sobre outro homem, o poder de influenciar os outros.
 
Uma dificuldade encontrada pelos educadores em se trabalhar a política nas escolas é o despreparo dos gestores que se encontram contaminados pela politicagem que não é nada mais que uma política mesquinha e de interesses pessoais, reforçada por políticos desonestos e inescrupulosos. Esses gestores em sua maioria são frutos desse meio, uma vez que os cargos oferecidos, na sua maioria, não são baseados na meritocracia, salvo  algumas exceções acertos na escolha, o que não se torna regra.
 
Essa escolha de gestores favorece o sistema falho em que nos encontramos, e este por sua vez inibe e até mesmo coíbe qualquer pronunciamento político nas escolas, mesmo sem ter uma ideologia partidária, pois a intenção para os educadores é apenas esclarecer seus educandos da política e sua relevância para a vida da sociedade e não fomentar o partidarismo.
 
A política não é apenas o ato de bem governar os povos, e tampouco a habilidade no trato das relações humanas, com vista na obtenção dos resultados desejados. Ela é uma atividade de cidadãos que se ocupam com assuntos públicos favorecendo sempre o coletivo e nunca o individual.
 
A educação necessita de uma neodiretividade tendo com um dos viés a política, que mostra o poder que se impera invalidando o saber que eleva o educando ao grau de criticidade. O saber correto, que fomenta a dúvida e faz com que se busque as respostas adequadas, e que não se deixe ser manipulado pela classe opressora e dominante, que gera o poder e subjuga o povo reforçando cada vez mais o domínio da elite, deste povo sofrido e desamparado, sem ter consciência de que se encontram nessa triste posição.
 
Quando conseguirmos trabalhar e desenvolver em nossos educandos não só conceito político, mas uma conscientização, estaremos fazendo com que estes deixem de ser analfabetos políticos que, segundo afirma Bertolt Brecht, dessa ignorância, nasce a “prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
 
Portanto cabe a nós educadores pensarmos como trabalhar essa conscientização em nossos educandos, sem nos deixarmos ser afetados pela coação de gestores com desculpas de que a escola não é um espaço para prapaganda eleitoral, o que não é a intenção da educação, pois ela deve ser neutra politicamente, mas sem deixar de ser omissa com a sua função de educar para a cidadania e o protagonismo, e esse protagonismo para existir, faz-se mister interagir com os acontecimentos políticos.
 
 
 

USP e FGV lançam aulas e simulados na web para alunos do ensino médio

A Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) lançaram portais com conteúdos para alunos do ensino médio. Tanto o Portal e-Aulas USP como o Programa FGV Ensino Médio Digital reúnem materiais de estudo para alunos desta modalidade de ensino.
 
O portal da USP disponibiliza videoaulas das áreas de humanas, exatas e biológicas produzidas pela universidade. Ele foi inspirado em portais semelhantes de instituições internacionais de ensino superior, como Massachusetts Institute of Technology (MIT), Harvard e Princeton.
 
Na segunda fase do projeto, que deverá ser implementada até o final do ano, o portal permitirá que os vídeos sejam legendados e que outros arquivos sobre o assunto em questão, mesmo que estejam em formatos diferentes, possam ser inseridos.
 
Segundo a pesquisadora do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica e coordenadora do Grupo Gestor do e-Aulas, Regina Melo Silveira, o Portal e-Aulas USP também será incorporado ao Portal de Busca Integrada do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi). Dessa forma, o usuário que pesquisar sobre um determinado assunto obterá como resultado não apenas livros, teses e artigos relacionados, mas também os vídeos produzidos sobre o tema.
 
Simulados e jogos
 
O portal da FGV traz material sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), simulados, jogos e aulas.
 
Há conteúdos de todas as áreas de conhecimento, divididos em blocos temáticos – cursos – que, por sua vez, estão subdivididos em aulas também estruturadas em tópicos temáticos específicos. Os cursos dão uma visão geral de cada área de conhecimento que compõe o programa do ensino médio. Ao final de cada aula, o internauta poderá encontrar questões de autoavaliação de múltipla escolha com gabarito e comentários.
 
Também é possível encontrar simulados divididos por áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias (contemplando questões de português, literatura, redação, inglês e práticas corporais); matemática e suas tecnologias (contemplando questões de matemática); ciências da natureza e suas tecnologias (contemplando questões de física, química e biologia); e ciências humanas e suas tecnologias (contemplando questões de história, geografia, filosofia e sociologia). O teste de cada área do conhecimento tem 15 questões que são escolhidas aleatoriamente pelo sistema. A duração da prova é de 45 minutos.
 
 
 
Fonte: G1 Globo.com - 18/09/2012 - Rio de Janeiro, RJ

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Falta de ambição atrapalha educação no Brasil

Fui fazer faculdade nos Estados Unidos em 1995 e depois voltei para mais dois anos de mestrado lá. Saí mais otimista em relação ao Brasil do que quando cheguei. Até aquela época, o contato com os EUA se resumia a férias, filmes e encomendas trazidas de viagem. Sob esse prisma, o país parecia uma Terra Prometida, onde tudo era bom e barato e as pessoas, ricas e civilizadas. Se era assim na média, imaginei que depararia com verdadeiros super-homens nas universidades Ivy League para as quais me dirigia. Felizmente, eu me decepcionei. Meus colegas americanos eram muito mais ignorantes e superficiais do que eu imaginara. E, fora as questões intelectuais, me chamou a atenção seu desajuste emocional. Parecia que todo mundo estava ou brigado com os pais, ou tomando antidepressivos ou indo a festas para beber até cair. Muitas pessoas se encaixavam nas três categorias. Se esse pessoal conseguiu construir a potência hegemônica do planeta, pensei eu, nós também podemos. Yes, we can!

A volta ao Brasil depois de oito anos foi, porém, surpreendente. Porque era (e segue sendo) claro que o país se divide em dois grupos. Um é cosmopolita, aguerrido, preparado e ambicioso. Gente que tem fome, que quer competir com o que há de melhor no mundo. Ayrton Senna. O outro é provinciano, malemolente, com baixa instrução, acomodado. Um pessoal que está satisfeito com o que a vida lhe deu. Macunaíma. Impossível quantificar construtos tão subjetivos, mas diria sem medo de errar que o segundo grupo é muito mais numeroso do que o primeiro.

Prova indireta disso é que os slogans dos presidentes democraticamente eleitos nas últimas décadas - portanto, afinados com a mentalidade coletiva - pertencem quase todos ao segundo grupo. Sarney: “Tudo pelo social”. Itamar: “Brasil, união de todos”. Lula I: “O melhor do Brasil é o brasileiro”. Lula II: “Brasil, país de todos”. Dilma: “País rico é país sem pobreza”. Todos esses olham para dentro e para trás: o foco é sanar desigualdades, incluir, corrigir os erros do passado, glorificar o que temos. Com exceção do “Avança, Brasil” de FHC, ninguém faz menção ao mundo exterior ou ao futuro, ninguém almeja tornar o Brasil aquilo que, até por suas dimensões e riquezas naturais, ele deveria naturalmente querer ser: uma potência mundial.

Compreender e explicar essa acomodação está além deste espaço e deste colunista, mas as consequências desse espírito são claras: ficamos muito abaixo do que poderíamos ser. Tanto a literatura acadêmica (disponível em twitter.com/gioschpe) quanto a minha experiência de vida têm me mostrado que a gana individual - perseverança, resiliência, ambição - é fator fundamental no sucesso de uma pessoa, aliada à qualidade de sua formação. Não faltam inventividade e persistência ao brasileiro: o problema é que os sonhos de muitos compatriotas são bem mais acanhados do que poderiam ser. Alguém já disse que o homem prudente é como o bom arqueiro: mira sempre um pouco acima do alvo. O Brasil já mira abaixo do que deveria, e portanto acaba alcançando ainda menos do que ambiciona.

Em nenhum lugar esse rasgo da nossa psique está mais aparente e imbricado com uma complexa relação de causalidade do que em nosso sistema educacional. Se a nossa pouca ambição já vem de família, certamente ela é muito reforçada em nossas escolas. Em um perfil do professorado brasileiro traçado pela Unesco e pelo MEC, 75% dos professores declararam preferir a igualdade à liberdade. O objetivo da nossa escola é homogeneizar, não desenvolver talentos. Um levantamento de 2007 do Inep, o órgão de pesquisas do MEC, identificou 2 553 alunos superdotados na educação brasileira. Para identificar menos de 3 000 superdotados em uma rede de mais de 50 milhões de alunos é preciso um esforço consciente de cegueira. Eis aí uma diferença básica entre o que vivi em escolas brasileiras e universidades americanas: aqui, o bacana era o cara que não estudava, baladeiro, safo. O aluno aplicado é “nerd”, otário. Lá, assim como em outros sistemas educacionais de ponta, valorizado é o aluno que estuda muito e tira ótimas notas. Nos EUA, os melhores alunos entram para honors lists; na Alemanha, há sistemas educacionais diferentes para aqueles com ambições acadêmicas mais altas; na China, os alunos são ranqueados e precisam de boas notas para adentrar as melhores escolas e, depois, as universidades. Aqui, o histórico escolar da pessoa não importa. O jogo é zerado no momento da entrada para a universidade, decidido por meio de um único teste (vestibular ou Enem). No Brasil, há uma estranha percepção de que recompensar os melhores e mais aplicados seria romper o éthos republicano. Nossos professores descreem de seus pupilos: só 7% deles acreditam que quase todos os seus alunos chegarão à universidade, segundo questionário da Prova Brasil 2009. Nosso desastre educacional também desestimula ambições ao tirar do brasileiro o preparo intelectual que é o pré-requisito para voos mais altos. Pesquisa do Inaf mostra que 74% dos adultos brasileiros não são plenamente alfabetizados. Com esse despreparo, sonhar muito alto pode ser sinal de doença psiquiátrica.

A má educação causa a falta de ambição e é também causada por ela. Nos países que deram grandes saltos, a educação não foi percebida como um fim, mas como parte de um projeto nacional. China do século XXI, Coreia da década de 70, Estados Unidos dos anos 30, Japão do pós-guerra: nesses e em outros casos, os países perseguiam um sonho de grandeza. A educação não era o ponto de chegada, mas parte da ponte até o futuro glorioso. Parte do nosso problema é que, ao não termos um projeto nacional inspirador, a educação deixou de ser uma questão dos brasileiros e se tornou propriedade dos professores e funcionários. Alguns deles têm espírito público e generosidade e fazem o melhor que podem para os seus alunos e, consequentemente, o país. Mas a maioria acaba se acomodando em um sistema que não incentiva o mérito, nem pune o demérito; as únicas causas que defendem são as suas próprias.

Mas será que precisamos ser mais ambiciosos? O Brasil já apareceu nas primeiras posições em levantamentos internacionais de felicidade. Os céticos dirão que optamos por menos ambição e desenvolvimento em troca de mais bem-estar, sociabilidade e alegria. Acho essa uma falsa dicotomia. É possível ser simultaneamente desenvolvido e alegre. Na última pesquisa Gallup sobre felicidade mundial, realizada de 2005 a 2011, os dez primeiros colocados eram todos do Primeiro Mundo e os dez últimos, subdesenvolvidos. Sou cético quanto à qualidade de uma escolha tomada em situação de pobreza intelectual como a que temos no Brasil. Longe de mim sugerir que analfabetos não devam poder decidir sobre a vida deles. Democracia e liberdade são valores supremos. Mas seria demagógico supor que a qualidade das decisões que uma pessoa toma não muda com melhorias radicais de instrução. Pesquisas mostram que pessoas mais instruídas fumam menos e são mais saudáveis. Finalmente, não creio que seja lógico ou ético optar pelo nosso atual patamar de desenvolvimento, quando ele significa que tantos milhões de pessoas estariam condenadas a uma vida indigna, da mais absoluta privação. Eu não teria problema de viver em um Brasil que, a exemplo da França, optou por reduzir a semana laboral, trocando riqueza por lazer e família - desde que o Brasil chegue ao patamar da França, em que há riquezas acumuladas para bancar a “preguiça” e validar a decisão de pegar leve. O Brasil ainda não chegou lá. Temos um caminho longo. Convém mirar mais alto do que vimos fazendo.
 
 
Fonte: Gustavo Ioschpe - Revista Veja - 08/09/2012 - São Paulo, SP

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Inteligência artesanal

A tecnologia hoje é tão disruptiva que coloca em xeque até a participação humana no processo produtivo. Por isso é melhor você prestar atenção. As notícias dessa revolução não param de aparecer.
  
O "Wall Street Journal" revelou recentemente que a Ikea, a fabricante de móveis sueca, agora cria seus catálogos de vendas apenas com imagens produzidas digitalmente.
 
 
Não usam fotógrafos, móveis de verdade, modelos, luz: só imagens digitais. Todas as imagens são criadas por softwares bem programados e alimentados, que substituíram custosas produções em estúdios.
  
E não são só os móveis da Ikea que fazem parte dessa nova realidade antes chamada virtual.
  
A rede global de moda jovem H&M substituiu as modelos de (pouca) carne e osso por modelos digitais ainda mais perfeitas e muito mais fáceis de lidar e de remunerar.
  
Já uma startup americana, a Narrative Science, criou um software capaz de escrever artigos noticiosos e espirituosos a partir de dados básicos em tempo real, como um relato de um jogo de futebol a partir de sua ficha técnica.
  
A inteligência humana está fazendo a inteligência artificial avançar do entendimento da linguagem para a formulação da linguagem.
 
 E ao mesmo tempo está criando robôs capazes de fazer tarefas que nosso corpo jamais faria ou faria a um custo financeiro e humano muito maior.
  
Colocando de uma outra forma, sua cabeça e o seu corpinho estão a caminho de serem superados por uma dupla concorrência brutal: softwares e robôs.
  
Você só tem uma coisa que eles não têm: alma, emoção, coração, o nome que se queira dar àquilo que de fato nos torna nós.
 
Mesmo aqueles entre nós que todo dia vão e voltam do trabalho como se tivessem ido a um jogo de futebol zero a zero, sem grandes lances emocionantes, têm uma alma profunda e única.
Quanto mais a usarmos produtiva e criativamente, mais valor traremos para o que fazemos.
  
Essa revolução tecnológica será destrutiva para quem trabalha como máquina e pensa como máquina já que agora, para isso, já temos as máquinas.
  
Por isso, a revolução das máquinas deve ser uma grande oportunidade para as pessoas.
  
Mas o mundo só vai querer lhe ouvir se você tiver algo a dizer. A atitude quente será muito mais importante do que o conhecimento frio.
  
Acumular conhecimento é preciso, mas sem personalidade e atitude você não será muito diferente da união do software com o robô.
 
Não paute vida e carreira pelo dinheiro. Realize, e o dinheiro será consequência. Como diz aquele imortal slogan da Nike: "Just do it".
  
Quem pensa muito em dinheiro geralmente não ganha muito dinheiro. Steve Jobs não criou o iPad pensando em dinheiro. O software e o robô são programados para render o máximo de dinheiro. Esse não deve ser o seu caso, porque a concorrência será matadora.
 
 Será então que os robôs e os softwares, ao libertarem as pessoas dos trabalhos mecânicos e braçais, as levarão para posições mais criativas e inteligentes ou elas acabarão na fila dos desempregados?
 
Essa antiga pergunta segue sem resposta.
 
O que eu posso dizer é que a melhor maneira de enfrentar as máquinas é não ser uma máquina.
  
Seja sempre você mesmo, mas também não seja sempre o mesmo. Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se.
  
Eu sei bem como é isso. Seja o seu próprio programador para que você não seja programado pelos outros. Tenha seu próprio programa para não passar a vida coadjuvando em programas alheios.
  
Na próxima vez que você olhar no espelho, faça como dizia aquele outro slogan imortal, este da Apple: "Think different".
  
Pense diferente, olhe à frente e caminhe. Ninguém mais pode fazer essa jornada, nem os robôs e os softwares mais avançados.
  
Essa é a graça do jogo. Opor à inteligência artificial a sua inteligência artesanal.
 

 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

5 de setembro: Dia da Amazônia


Com sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, a Amazônia é hoje um dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade.

Este domínio biogeográfico ocupa 60% do território brasileiro e possui uma área que abrange oito países e um território da América do Sul (Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Bovialí, Guiana, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa). Estima-se que no Brasil 30 milhões de pessoas vivem na Amazônia.


Embora tenha uma importância ambiental incalculável para o planeta – como lar de uma infinidade de espécies animais, vegetais e arbóreas conhecidas e desconhecidas; como regulador no equilíbrio climático global; e como fonte de matérias primas alimentares, florestais, medicinais e minerais -, a Amazônia é ameaçada por inúmeras atividades predatórias, como a extração de madeira, a mineração, obras de infra-estrutura e a conversão da floresta em áreas para pasto e agricultura.


Neste 5 de setembro, data em que se comemora o Dia Mundial da Amazônia, o WWF-Brasil apresenta a você uma série de materiais cujo objetivo é mostrar a importância de conciliar a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento sustentável da região.  



Entrevista


Entrevistamos o arquiteto e ambientalista José Pedro de Oliveira Costa, considerado um dos criadores do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, uma Unidade de Conservação situada na divisa entre os Estados do Amapá e do Pará e que “guarda” 3,8 milhões de hectares no extremo norte do Brasil.



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lya Luft: Querendo que o Brasil dê certo

Querer que dê certo, a gente sempre quer: a nova turma na escola, o novo amigo, o vestibular, o primeiro emprego, o casamento, o filho, a decisão inescapável, o necessário e o fútil, a segurança e a aventura.
 
Os planos do novo ano. Os desejos bons e também os menos nobres, de que alguém se ferre, que para ele dê errado – porque não somos santos. A construção da vida, tanta coisa. As pessoas queridas. O livro, o carro, o amor ou até a separação. A sobrevivência depois da morte de alguém especial.

Que dê certo também o que nem é pessoal mas a todos atinge: o país, a democracia, a qualidade de vida, a dignidade de todos, a redução da desigualdade, o nível do ensino, da saúde, os cuidados com a seca, com a enchente, com os deslizamentos, com os horrores da saúde pública, com o excesso de faculdades pelo país, a insensatez das cotas que promovem a discriminação e o preconceito, e marcam como incompetentes os que se beneficiam delas.

Que às vezes nem têm outro jeito, pois nivelamos por baixo: facilitamos as coisas em lugar de dar aos que precisam melhores condições, condições ótimas: isso seria o sensato. Mas somos insensatos; então, torcemos para que, apesar de tudo, dê certo.

Agora nos oferecem mais planos, projetos, pacotes, para que, finalmente, o país deslanche do seu marasmo, que pacotes anteriores não sacudiram direito. Eu quero muito que deem certo esses novos projetos. Estradas e ferrovias, para começar, pois o nosso transporte é mais um inqualificável fator do nosso inqualificável atraso. Portos e aeroportos.

Espero que se incluam também saúde, ensino, segurança, que andamos cada vez mais violentos e todas as notícias negativas, que são muitas, saem mundo afora preparando os espíritos para 2016. Que sejam projetos inteligentes e possíveis; que tenham à frente gente supercompetente, embora competência seja mercadoria rara por aqui.

Há gente demais improvisando, viramos o país do improviso, do puxadinho, do jeitinho, do palpite? Os muito competentes podem nem querer certos cargos e encargos. Sobretudo se ligados à política: aí tudo se complica, os jogos de poder, os postos dados por interesse, não pelo preparo e capacidade, tanta trama que nem conhecemos direito, mas de que sabemos o suficiente para ficar de cabelos em pé.
 

Ou melhor é não saber, assim a gente se salvaria? Seja como for, eu, que me afasto da política o mais que posso – para preservar alguma qualidade de vida, de objetividade e de harmonia comigo e com o mundo –, eu, que não pertenço a nenhum partido porque são demasiados e confusos, porque brotam feito cogumelos e são mutantes como camaleões nervosos, eu mesmo assim me interesso extraordinariamente por este país.

A ele dei filhos e netos, seres humanos decentes e bons, desses que como tantos outros são o sal da terra e para isso não precisam ter poder nem altos cargos: basta que existam e sejam como são. A este país Brasil dei e darei trabalhos e décadas de vida. Dele muito recebi também, nele quero sempre viver, e morrer. Nele estou por escolha consciente todos os dias de minha vida. Então, quero muito que os novos projetos deem certo, com tudo o que contiverem de bom (o medíocre que neles exista faz parte de sermos humanos).

Resta saber o que é “dar certo”. Um plano com bons projetos é um comecinho. Predominarem boas intenções será dar um pouquinho certo (tudo em diminutivos por enquanto). Ficar em mãos experientes e competentes, sem amadorismo, será dar bastante certo. Passar da utopia para entrar na realidade, com seriedade, seria ou será dar supercerto.

Se tudo sair medianinho, já vai ser um avanço. Chegar a termo será quase um milagre: a gente não vê muito disso por aqui. Não acredito cegamente, pelo que temos experimentado de grandes palavras, grandes planos – e grande esquecimento.

Mas eu quero, eu torço, eu apoio, eu espero, eu observo… e, quando puder, eu comento. Que eu possa comentar só coisas boas, coisas positivas e concretas, e dizer: “Finalmente está dando certo, viva a gente brasileira”.


Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/lya-luft-querendo-que-o-brasil-de-certo/

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O que mais te dói em educação?

Quem gosta de Twitter não deve se espantar se vir por aí a hashtag #edpain, algo como “#oquemaismedóiemeducação”, que desde a semana passada anda circulando no microblog e também no Facebook. Incentivados pela Digital Harbor Foundation, uma organização sem fins lucrativos que busca promover a cultura da inovação por meio de iniciativas educacionais, pessoas dos mais diversos perfis começaram a compartilhar aquilo que mais as incomodavam quando o assunto era educação.

Apareceu de tudo: professor falando dos desafios de usar a tecnologia em sala de aula, coordenadores pedagógicos apontando problemas em processos avaliativos, pais lamentando o custo da educação, blogueiros questionando o tempo gasto com aulas que são piores experiências de aprendizado que o Google. A ideia de compartilhar essas dores, no entanto, não é fazer um muro virtual de lamentações, dizem os organizadores do movimento, mas começar a montar uma parede virtual de construção coletiva com problemas a resolver e grupos de pessoas com o mesmo interesse para discutir soluções.

“Quando você cria uma nova tecnologia ou uma inovação, o que pode ser simplesmente um jeito novo de fazer alguma coisa, você sempre começa com uma descrição clara do que é aquilo que mais está incomodando”, disse Andrew Coy, diretor executivo da Digital Harbor Foundation ao Technicaly Baltimore. Depois de identificar os “pontos de dor”, o próximo passo, diz Coy, é verificar quais desses pontos são preocupações individuais e quais são de mais gente, para reunir um grupo de pessoas que irão trabalhar na solução do problema.

A história dessa parede virtual começou numa parede, física mesmo, na sede da fundação. Um grupo de educadores que passava por uma qualificação no local começou a preencher uma parede com papeis e suas frustrações. Mas a parede foi ficando pequena e virou uma hashtag. Agora, já é um site Edpain que reúne os tuítes e as manifestações feitas diretamente pela plataforma. Quem tem uma dor em educação é convidado a se identificar, dizer sua profissão e seu CEP e colocar ali, de preferência em até 140 caracteres, o que é a sua dor.

De acordo com o Technicaly Baltimore, em uma semana, mais de 115 pontos de dores na educação foram documentados no site. Ao fazer o usuário inserir seu código postal e algumas características pessoais, a intenção é fazer do site um lugar em que pessoas com problemas e dores parecidas se reunam para discutir soluções. Confira a seguir, algumas dores compartilhadas.

“Muito comumente, a tecnologia é um band-aid para mascarar as deficiências de nossas escolas. Taxa de evasão? Notas baixas? Aqui está uma lousa digital! Não é o produto tecnológico que vai salvar os alunos, é o professor. Precisamos melhorar nosso desenvolvimento profissional para que estejamos preparados para promover a mudança.”

Chirstian, professor de Baltimore

“Se alguma coisa é googlável, por que nós gastamos um tempo precioso ensinando essa coisa?”

Peter Pappas, blogueiro de educação de Portland

“Eu queria que fôssemos capazes de ensinar os alunos mais “habilidades da vida”, como finanças básicas, boa memória, informações sobre seguro saúde e do carro”

Kate McCallun, de Los Angeles, mãe

E você, o que mais te dói em educação? Que tal tentar em até 140 caracteres?

*Fazem parte do Redação na Rua os sites Catraca Livre, Guia de Empregos, Portal Aprendiz, Porvire VilaMundo.
 
 
Fonte: Portal Aprendiz - 27/08/2012 - São Paulo, SP

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Portal Releituras é referência na web para fãs de literatura

O Projeto Releituras é uma plataforma que reúne obras, bibliografias e dados biográficos de escritores de diferentes períodos e movimentos literários, tudo num mesmo site. O foco principal está nos autores brasileiros consagrados, mas ao explorar o conteúdo o internauta encontrará tanto autores reconhecidos quanto novos talentos, e de diferentes nacionalidades.


O site serve também como uma fonte confiável de pesquisa para trabalhos acadêmicos, na localização de referências editadas em livro, audiovisual ou das adaptações teatrais da obra do autor.


Episódios relevantes da vida dos escritores estão dispostos em textos sucintos, organizados cronologicamente. No menu do autor é possível consultar ainda amostras de sua obra.


Além de grandes nomes, como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Carlos Drummond, o site possui uma seção dedicada a “novos escritores”, com a participação inclusive de autores inéditos em livro.


A seção “Vestibular” reúne informações sobre as principais listas de leitura obrigatória para os exames, além de linkar às páginas das respectivas universidades. Outra contribuição está no fácil acesso às bibliotecas de conteúdo digital aberto, caso da Brasiliana da USP, ou da Biblioteca Virtual de Literatura.


O site conta ainda com importantes diferenciais, como uma seção dedicada a ilustradores, e uma outra, em parceria com o Porta Curtas, reunindo filmes adaptados de obras literárias ou roterizados por autores destacados.


Fonte: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2012/08/14/portal-releituras-e-referencia-na-web-para-fas-de-literatura/

terça-feira, 14 de agosto de 2012

37% das cidades não atingem metas do Ideb 2011

O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira os novos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, com os resultados de 2011. Em que pese a euforia do ministro Aloizio Mercadante, apressado em vender o estudo como prova de que todos os estados bateram as metas estabelecidas, os números mostram que a educação no Brasil continua lamentável, especialmente a pública. Pelos dados, as notas de mais de 37% das cidades brasileiras nos anos finais do Ensino Fundamental ficaram abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Educação para 2011. Não seria tão mau se não fosse, a tal meta por si só, pífia: em média, o MEC esperava que as redes públicas, ao final da 8ª série, fossem capazes de atingir nota 3,7. Mesmo assim, muitas não conseguiram.
Em oito estados – Amapá, Alagoas, Maranhã, Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins - menos de 50% dos municípios atingiram essa nota. No Rio de Janeiro, único estado da região Sudeste nesse grupo, apenas 41,3% das cidades atingiram a meta. Em Roraima, um recorde macabro: nenhum dos 17 municípios foi capaz de chegar aos 3,7. A nota do estado como um todo, 3,6, foi inferior à nota que havia sido registrada pelo Ideb em 2009 – quadro que se repetiu no Amapá, em Alagoas e no Mato Grosso do Sul. Mesmo na região Sul do país, apenas 60% das cidades atingiram a meta. O Ideb é medido a partir da combinação do resultado indivual obtido pelos estudantes na Prova Brasil – que avalia o desempenho em língua portuguesa e matemática - com a taxa de aprovação das escolas. Este índice mostra a eficiência do fluxo escolar.
Para Priscila Cruz, diretora do Instituto Todos Pela Educação, os números ruins para essa etapa do ensino não surpreendem. São frutos da falta de projeto educacional. “A segunda parte do ensino fundamental é metade gerida pela rede municipal e metade, pela estadual”, explica. “Ou seja, o Ministério da Educação (MEC) não tem projeto para essa etapa, parece terra de ninguém.”
Segundo ela, diversas razões explicam o baixo desempenho dos estudantes nessa fase. Entre elas estão o aumento do número de professores que ministram as disciplinas em sala de aula - grande parte deles, é bom que se registre, sem a especialização adequada -, e a fragmentação curricular. “Os últimos anos do ensino fundamental já refletem a grande crise que se observa no ensino médio”, critica Priscila. “Mas ninguém parece disposto a encarar este fato.”
Do total de municípios do país, 73,5% tiveram notas até 4,4 - que são ruins. Na ponta oposta, a da excelência, apenas 1,5% das cidades conseguiram notas superiores a 5,5. Destas, 53 ficam no Sudeste, 20 no Sul e, apenas uma no Nordeste, o heróico município de Vila Nova do Piauí, no estado homônimo do Piauí. Alagoas consegiu outro recorde negativo: todas as cidades do estado ficaram com notas abaixo de 3,4.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Rubem Alves

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Onde está o meu emprego?

Roberto Shinyashik

Os empregos estão mudando de característica. A mão-de-obra foi substituída pelo computador, a força, pela criatividade, e o medo começa a ser trocado pela motivação. O trabalho em equipe minou o individualismo, ou pelo menos está quase chegando lá. O setor de serviços tem crescido exponencialmente, e novas competências são exigidas pelas empresas. Resumindo: os empregos não estão onde sempre estiveram, e o mais dramático é que a maioria das pessoas disponíveis no mercado está desatualizada, vive correndo atrás de empregos que não existem mais.

A tecnologia que chegou para facilitar nossa vida criou uma nova "encrenca" em nossa carreira. As planilhas de custos substituíram muitas pessoas nas empresas de contabilidade, o sintetizador eletrônico substituiu muitos músicos nas gravações. Lembra aquela orquestra com dezenas de músicos? Hoje, só há um tecladista com um computador. Os caixas eletrônicos, por exemplo, estão demitindo muitos bancários. Essa é uma realidade à qual não há retorno. Precisamos nos acostumar a essas mudanças e não ficar lamentando o "leite derramado".

Quando falo em  evolução tecnológica, não falo de algo necessariamente sofisticado, uma simples rede de pesca pode mudar a vida de uma vila de pescadores. Imagine a seguinte cena: uma vila onde os pescadores usam vara de pescar e  conseguem, em média, 2 kg de peixe por dia. Cada um come 1 kg e vende o outro quilo por R$ 5. No fim do mês, cada um fatura algo como R$ 100, o  que é mais do que suficiente para a sobrevivência da família. Tudo em  perfeita harmonia.

Até que um dia, Renato, um dos pescadores, aparece com uma rede e consegue pescar 100 kg de peixe por dia. Ele come 1 kg e vende o restante por R$ 1 o quilo. Fatura R$ 99 por dia, uma pequena fortuna naquela vila.

Resultado: o  equilíbrio em que a comunidade vivia foi para o espaço. Agora, os compradores não estão mais dispostos a adquirir o peixe dos outros       pescadores por R$ 5. Adianta reclamar? Não, a rede do Renato matou os       empregos dos pescadores que usavam vara de pescar, e outros trabalhos       surgiram, então: vendedores de peixe em outras cidades, peixarias       especializadas, franquias, restaurantes. Uma simples rede bagunçou a vida   de muita gente. A mesma coisa acontece nas empresas.

Há muitas redes de pescar aparecendo todos os dias nos escritórios, nas fábricas, nas  multinacionais. Uma revolução tecnológica, por mais simples que seja, traz sempre novas perspectivas e diferentes empregos.

Mais importante do que reclamar é fazer a si mesmo a pergunta: "O meu emprego ainda existe?". Ele só vai ter boa expectativa de vida se você souber se reciclar e estiver aberto às novidades. Não há outra saída: é assumir o controle da sua carreira e investir pesado na sua evolução profissional. Quem estaciona morre em águas turbulentas. Cresça dia-a-dia, espelhe-se em profissionais bem-sucedidos e desafie-se.

Fique de olho em alguns detalhes fundamentais:

1. Procure conhecer o mundo fora da sua empresa! Seus concorrentes vão lhe motivar a avançar.
2. Estude! Estude sempre.
3. Aprenda com as derrotas e comemore as suas vitórias.
4. Abra sua cabeça! Valorize teatro, cinema, música, literatura, a inspiração vem de sua riqueza interior e de experiências de vida.
5. Seja feliz, realize os seus sonhos, dê atenção à sua família, aos seus amigos, tenha atividades lúdicas e, principalmente, dê um tempo para você.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Universidade gratuita é justo?

Não tenho dúvidas de que a reivindicação dos professores das universidades federais, em greve há quase dois meses por aumento de salários, é justa. Dificilmente uma carreira tão estratégica para o desenvolvimento do país -afinal, são professores que formam professores-será atrativa com salários nesse nível.

O que me incomoda, porém, é que o debate não analise outros modos de dar mais dinheiro às universidades, além do imposto. Por que não ter coragem e abrir o debate sobre se é justo a universidade ser gratuita?

Há um fato: o brasileiro já paga mais de quatro meses por ano de imposto e recebe muito pouco de volta. Outro fato: a elite brasileira estuda em universidades públicas, mas fez escolas privadas caras. Por que não cobrar mensalidade e garantir bolsa aos mais pobres?

Querem que o governo tire dinheiro do ensino básico, onde estão os pobres, para colocar mais dinheiro no ensino superior? Querem tirar do Ministério da Saúde? Ou querem que o governo aumente mais os impostos?

A verdade é que não sabemos nem mesmo quanto as universidades desperdiçam por má gestão.

*Se tem um assunto que vai tirar o sono do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, é a questão das federais, ainda mais porque vemos o atraso das obras. É o custo de usar mais critérios eleitorais do que técnicos.

*Uma dica: surgem cada vez mais aulas traduzidas para o português das melhores universidades americanas. Todos os estudantes e professores deveriam usar essa material gratuito.


Gilberto Dimenstein - Folha de São Paulo - 10/07/2012 - São Paulo, SP

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Proibição de venda e fabricação de lâmpadas incandescentes.

Começou a valer no último sábado (30) a proibição à venda e importação de lâmpadas incandescentes de uso geral com potências de 150 W e 200W que não atenderem níveis mínimos de eficiência energética. A decisão está na Portaria n° 1007, de 31 de dezembro de 2010, que tem como objetivo reduzir a quantidade de produtos desse tipo e elevar a participação de unidades mais eficientes, como as fluorescentes compactas e halógenas.
A substituição não será imediata, mas de forma gradativa. A idéia é que elas saiam do mercado de acordo com a potência, de 31/12/2012 (as de maior potência) até 30/06/2017 (as de menor potência).
De acordo com a portaria, especificamente para as lâmpadas de 150W e 200W, os fabricantes e importadores poderão vender seus estoques até 31 de dezembro de 2012. Os atacadistas e varejistas terão prazo de um ano para cumprir a determinação. Ou seja, eles poderão comercializar esses modelos até 30 de junho de 2013.
No caso das lâmpadas de 75W e 100W, a data limite para fabricação e importação se inicia em 30/06/2013, sendo que a comercialização se encerra em 30/06/2014. Para as lâmpadas de 60W - as mais utilizadas - a data limite para fabricação e importação se inicia em 30/06/2013 e sua comercialização se encerra em 30/06/2014. As lâmpadas de menor potência seguem um escalonamento semelhante, cujo processo se encerra em 30/06/2017.
Segundo dados da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, uma lâmpada incandescente de 60W, que permaneça ligada 4 horas por dia, pode resultar em 7,2 kWh de consumo no final do mês. Na comparação, uma lâmpada fluorescente compacta equivalente proporciona uma economia de 75%, ou seja, este resultado pode cair para 1,8 kWh/mês. Os resultados podem variar por conta da freqüência de utilização e a potência de cada tipo de lâmpada.
Estimativas do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – Procel, também mostram que se todas as lâmpadas incandescentes em uso no setor residencial fossem substituídas simultaneamente por lâmpadas fluorescentes compactas, a economia resultante seria de aproximadamente 5,5 bilhões de kWh por ano, o que equivale ao consumo anual de todo o Distrito Federal, com 2,5 milhões de habitantes. Esta economia pode chegar a até 10 bilhões de kWh por ano, em 2030, de acordo com as projeções de crescimento do país.

terça-feira, 3 de julho de 2012


Prazo de renovação de contratos do Fies é prorrogado


O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou, até o dia 31 de agosto, o prazo para a renovação dos contratos firmados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com portaria do FNDE, a decisão é válida para todos os contratos, simplificados ou não, firmados a partir de 14 de janeiro de 2010 e referentes ao segundo semestre de 2010, aos dois semestres de 2011 e ao primeiro semestre de 2012.
Ainda segundo o documento, o prazo para o aditamento de contratos referentes ao segundo semestre de 2012 deverão ser feitos entre 1º de julho e 30 de setembro.
Pela decisão da portaria, as próximas renovações contratuais, a partir do primeiro semestre de 2013, serão feitas nos primeiros três meses de cada semestre de referência.
O adiatamento poderá ser feito via internet, no site oficial do Fies.


Procedimento
Os contratos do Fies devem ser renovados semestralmente. Nos aditamentos simplificados, em que os alunos apenas atualizam os dados pessoais e o valor da semestralidade, sem impacto no valor total do contrato, basta entrar no sistema e fazer a alteração. As atualizações são analisadas pela Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino. Após a validação da CPSA, o aditamento é processado.
Quando há alterações mais profundas no contrato — como troca ou alteração na renda do fiador, mudança no estado civil do estudante ou impacto no valor global —, o aditamento é considerado pelo sistema como não simplificado. Nesse caso, o próprio sistema gera um documento, a ser levado ao banco para que o aditamento seja realizado.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dez dicas para ter sucesso em seu empreendimento social

CÁSSIO AOQUI
DA FOLHA DE S.PAULO, EM MIAMI


"O que preciso fazer para que um fundo de investimentos estrangeiro se interesse e aporte recursos na minha organização?"

Diante das dificuldades de obter crédito para suas iniciativas, certamente muitos empreendedores sociais brasileiros já se depararam com essa questão.

Confira, a seguir, as orientações de Matthew Cole, sóciogestor da North Bay Equity Partners, firma de private equity focada na América Latina. Com mais de 20 anos de experiência em private equity e investimento bancário nessa região, Cole, que trabalhou para o banco J.P. Morgan em Nova York, Santiago e São Paulo, apresentou o painel "Os Dez Mandamentos para Construir uma Organização Sem Fins Lucrativos Empreendedora" na SVC/SE (Social Venture Capital/Social Enterprise), na semana passada, em Miami. Embora muitos dos itens sejam básicos, sempre é importante refletir se está no caminho adequado.

Dez mandamentos para empreender (por Matthew Cole)

1) Resolva um problema - antes de tudo, tenha claro em mente qual o seu foco de atuação e sobre qual questão social trabalhará para resolvê-la ou amenizá-la;

2) Desenvolva uma visão - uma vez com sua missão definida, visualize seu futuro e os caminhos pelos quais trilhará;

3) Recrute pessoal qualificado - o costume de muitos empreendedores sociais de centralizar grande parte das decisões nas organizações que lideram não é sustentável no longo prazo; conte com uma equipe eficiente e envolvida na causa;

4) Conheça seu público-alvo - é fundamental escutar os beneficiários ou consumidores ligados ao seu trabalho; é a única forma de se antecipar as variações de mercado com eficiência; obtenha "feedback" deles continuamente;

5) Tenha foco - quanto mais trabalhar, mais ideias surgirão para novas frentes de trabalho; esforce-se, contudo, para manter o foco de sua atuação;

6) Seja rápido e ágil - use seu tamanho a seu favor para ajustar-se às necessidades de mercado e seguir adiante com a organização;

7) Conheça os números - saiba em detalhes quanto lhe custa para prestar um serviço, quais são as margens, como é seu fluxo de caixa, tanto de entrada como de saída e outras ponderações financeiras. Esteja sempre atento às projeções e ao orçamento, numa base anual, mensal, semanal e, se possível, diária;

8) Atinja seu ponto de equilíbrio (break-even) - busque sempre a autossustentabilidade, o momento em que a entrada de recursos se iguala e ultrapassa a saída (Cole chama esse momento de "nirvana" do empreendedor);

9) Sempre levante capital - diante da competitividade acirrada por recursos na área social, procure trazer capital adicional a sua organização, como o de fundações, capital de risco, business angels;

10) Tenha em mente o fim - ainda que não seja sua meta, visualize sua saída da organização; é importante pensar no futuro, no plano de sucessão e em detalhes como "nós temos uma trajetória de carreira para os colaboradores?".


quinta-feira, 14 de junho de 2012

DESPERTAR UNIVERSITÁRIO!

Palestra proferida, no dia 13 de junho, na FARO, pelo Dr.Wellington Bega
Doutor em Psicanálise e Saúde Mental
Psicanalista Clínico Cristão e Consultor Organizacional
Neurociência, Andragogia e Ciência do Comportamento
Professional Coach e Personal Mentor

Todas as IES oferecem conteúdo para a formação da competência técnica do profissional, mas poucas  proporcionam EXCELÊNCIA EMOCIONAL (desenvolvimento humano, com ênfase no equilíbrio psicológico = mental + emocional).